De acordo com uma reportagem da Revista Oeste, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra seu primeiro ano de mandato com mais medidas provisórias (MPs) que perderam validade do que aprovadas no Congresso Nacional. Desde 2003, quando o petista tomou posse para seu primeiro mandato, apenas em 2019 e 2020, com Jair Bolsonaro (PL), e em 2023, o presidente da República fechou o ano com menos MPs aprovadas do que “caducadas”. Neste último caso, porém, a proporção é bem maior.
A Revista Oeste aponta que um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que, até o dia 20 de dezembro, Lula viu 20 medidas provisórias perderem a validade e apenas sete serem aprovadas pelos parlamentares federais. No ano de 2020, 54 MPs assinadas por Bolsonaro perderam validade antes que fossem analisadas pelo Congresso. Outras 53 foram aprovadas pelos parlamentares e sancionadas pelo então chefe do Executivo. Em 2019, a proporção foi semelhante: 23 medidas provisórias caducaram antes de serem votadas e 22 foram aprovadas, acrescenta a Revista Oeste.
Ainda segundo a Revista Oeste, em todos os outros anos (de 2003 a 2018 e de 2021 a 2022), os presidentes da República conseguiram aprovar mais MPs no Congresso, mesmo com bases parlamentares frágeis em alguns momentos.