Quinta, 25 de Abril de 2024
Política Eleições 2022

‘Ação maior’, afirma governador de PE sobre aliança com Lula

Para Paulo Câmara (PSB), questões locais como as vividas em Pernambuco não podem ser impedidoras

18/01/2022 10h47
Por: Redação
Foto: reprodução do site do PT
Foto: reprodução do site do PT

Vice-presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara , defendeu a prioridade na aliança nacional da legenda com o PT e o apoio ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. A seu ver, as questões nos estados – inclusive na política pernambucana – podem continuar sendo discutidas em paralelo à questão nacional.

” Mas as questões locais não podem nunca ser impedidoras de uma ação maior que, no entendimento hoje, é estarmos muito unidos em torno da candidatura do (ex-)presidente Lula”, ressaltou Câmara em entrevista à Folha de S. Paulo. O dirigente revelou que não haverá obstáculo a uma filiação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nem a uma eventual candidatura do ex-tucano a vice-presidente, caso convidado por Lula.

Câmara avalia que “Alckmin é um perfil mais ao centro. Conhecemos a sua trajetória política e ele tem uma contribuição a dar a uma possível chapa Lula-Alckmin”. Ainda na entrevista, o vice-presidente do PSB apoia a ideia de uma federação de partidos incluindo a legenda, o PT e o PCdoB. “Se for importante para o fortalecimento do campo progressista com uma demonstração justamente do que queremos pro Brasil, evidentemente que nós vamos apoiar.”

Câmara defendeu uma das bandeiras defendidas por Lula e pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann: a revogação da reforma trabalhista, instituída no governo Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2018. “Entendo que precisamos de uma legislação trabalhista que esteja adequada para geração de emprego e de renda e diminuição de desigualdades. A legislação atual não está ajudando o Brasil a gerar emprego nem a melhorar a vida dos trabalhadores”.

Governo de Pernambuco

Sobre a realidade local que enfrenta, Paulo Câmara afirmou à Folha que não escolheu quem deve ser o postulante à sua sucessão. Mas deixou claro o desejo de que a legenda permaneça com a cabeça de chapa na sucessão estadual e que pretende cumprir o mandato até dezembro.

O dirigente entende que o candidato a governador deve ter “um perfil de um gestor público, mas que seja da política. Temos que respeitar a política, temos que valorizar a política, mas precisamos também ter capacidade gerencial de fazer entregas em favor da população”. Câmara ponderou que o ex-prefeito de Recife e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Geraldo Julio, já externou a posição de não concorrer para governador.

“Não tenho dúvida que PT e o PSB vão estar juntos em torno do que for deliberado ao longo de janeiro das nossas discussões”, arrematou Câmara, ao falar do lançamento do senador Humberto Costa como pré-candidato a governador pelo PT. O governador lembrou que ambos integraram a chapa majoritária em 2018, quando se reelegeu ao governo e o petista, ao Senado.

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