Marcado por discussões educadas, o debate entre os candidatos à Vice-Presidência dos EUA, Mike Pence e Kamala Harris, passou civilizadamente por diversos pontos das plataformas de campanha - num grande contraste com o caótico embate entre Donald Trump e Joe Biden no fim de setembro.
"Não vamos deixar ninguém subverter nossa democracia, como Trump fez na semana passada", disse Kamala.
Normalmente relegado a um segundo plano e com pouco impacto na corrida, o debate ganhou um peso especial na disputa deste ano à Casa Branca. Com presidenciáveis septuagenários (Donald Trump tem 74, e Joe Biden, 77) e um deles se tratando de Covid-19, a possibilidade de Pence ou Kamala assumir a Presidência se tornou mais palpável.
Do lado republicano, o atual vice-presidente buscou convencer os eleitores de que a resposta do governo federal à crise sanitária está à altura da pandemia que até o momento infectou mais de 7,5 milhões de americanos e deixou mais de 211 mil mortos.
A missão se tornou mais complexa depois que Trump anunciou na sexta (2) que havia contraído a doença. O presidente passou três dias no hospital militar Walter Reed e retornou à Casa Branca na terça (6), onde segue recebendo tratamento médico.
Pence lidera a força-tarefa especial de combate ao novo coronavírus, formada no fim de janeiro. Ele anda uma linha tênue entre fazer valer as orientações de especialistas e não desautorizar o presidente. Trump consistentemente minimiza a pandemia e já chegou a afirmar que a doença "desapareceria como mágica".