Com a chegada da estação mais quente do ano, muita gente começa a preparar o corpo com foco no ‘projeto verão’. Nas redes sociais, é cada vez mais comum encontrar mensagens alarmistas sobre alimentação, como “Nunca coma esse alimento!”, ou “Coma isto e queime gorduras!”. E ainda tem aquelas postagens que prometem resultados praticamente instantâneos. Muitos influenciadores disparam diariamente orientações desse tipo, geralmente, sem suporte técnico ou científico. Em boa parte dos casos, esses conteúdos servem para atrair audiência ou vender produtos, cursos e fórmulas milagrosas.
Esse comportamento, conhecido como “terrorismo nutricional”, tem preocupado especialistas. Ele não apenas induz as pessoas a escolhas alimentares equivocadas, mas também prejudica o trabalho dos profissionais de Nutrição, que têm como base diretrizes científicas. “Essas mensagens alarmistas criam medo exagerado em relação a certos alimentos, como se existissem vilões e mocinhos. Isso atrapalha o processo de educação alimentar, gera culpa no paciente e dificulta a construção de uma rotina equilibrada”, alerta a nutricionista Alana Soares.
Para combater a desinformação, o Conselho Federal de Nutrição (CFN) lançou uma campanha com foco especial nas redes sociais, para alertar o público sobre os riscos de confiar em orientações sem credibilidade. A principal mensagem da campanha é clara: “Nutrição é com nutricionista!”. A iniciativa reforça que apenas esses profissionais estão capacitados para prescrever dietas e oferecer orientações alimentares seguras e individualizadas.
A nutricionista Alana Soares, que também é professora do curso de Nutrição da Estácio, destaca que as pessoas, antes de seguir uma dieta ou eliminar alimentos de rotina, devem primeiro buscar orientação com um nutricionista, pois cada corpo tem necessidades diferentes.
“Sair cortando alimentos sem avaliação pode ser perigoso. Muitas dietas milagrosas ou restritivas que são disseminadas pela internet cortam grupos de alimentos importantes, isso traz carências nutricionais, aumenta a chance de efeito sanfona e ainda mexe com a relação da pessoa com a comida, deixando-a mais ansiosa ou frustrada”.
Ela aconselhou que as pessoas desconfiem de promessas rápidas, de quem fala em “cura” ou resultado garantido e orienta para a procura de informações com profissionais qualificados, que baseiam suas recomendações em estudos e não em achismos ou modismos. Alana Soares ainda falou sobre os perigos de utilizar suplementos ou fazer dietas com base em recomendações generalistas.
“Você pode consumir doses erradas, que não servem para sua necessidade, ou até prejudicam a saúde. Além disso, suplementos sem indicação podem sobrecarregar o fígado e os rins. Cada pessoa tem um metabolismo, rotina, condições de saúde e objetivos diferentes. O que funciona para um, pode não funcionar para outro. É essa personalização do plano alimentar que garante resultados reais e seguros”, concluiu.
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