Quarta, 07 de Maio de 2025
Educação Greve

Impasse entre governo e professores estaduais continua e greve pode ser radicalizada

O corte de salário ainda permaneceria como tática do estado para sufocar a greve .

15/05/2019 09h08
Por: Redação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Sem qualquer avanço. Foi assim que terminou a reunião entre professores de universidades estaduais em greve e o governo do estado nesta segunda-feira (13). A categoria foi até a Secretaria de Relações Institucionais buscando, entre outros pedidos, aumento salarial e dos orçamentos anuais das instituições. 

 

 

 

O encontro acabou sem nenhuma nova proposta do estado e a continuidade da greve deverá ser anunciada após assembleias da categoria na próxima segunda (20). 

O governo alega que só irá voltar a negociar com os professores quando a greve for interrompida. Já a categoria bate o pé e diz que não terminará o movimento deflagrado após quatro anos de reivindicações não atendidas pelo governador Rui Costa (PT). A greve atinge a Uneb, Uefs, Uesb e Uesc. 

“O governo repete o mantra de que se precisa terminar a greve para negociar. Passamos os últimos quatro anos tentando reuniões e protocolando pautas sem resposta. Estamos em greve e o governo precisa apresentar novas propostas”, declarou André Uzêda, porta-voz da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb). 

Diante da falta de avanços e da paralisação que já dura um mês, o sindicato fala agora em “radicalizar” os atos na greve. Perguntado sobre que tipo de efeito a radicalização traria a greve, o porta-voz se limitou a dizer que os docentes devem mostrar para a sociedade que o governo está brincando com o movimento. “Somos uma das poucas categorias que enfrentaram o ex-governador Jaques Wagner (PT) e enfrentam o governador Rui Costa”, falou Uzêda.  

As associações de professores devem se reunir na próxima segunda (20) e, se nada mudar até lá, a proposta da direção dos sindicatos será pela continuidade do movimento. Nesta quarta (15) os professores participam de uma paralisação nacional pela Educação. 

Na mesa, o governo do estado oferece os mesmos já anunciados R$ 36 milhões para investimentos nas universidades. O corte de salário ainda permaneceria como tática do estado para sufocar a greve .

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