Representantes do empresariado brasileiro definiram como tardia as ações adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar “salvar empregos”.
Bolsonaro assinou na terça-feira (27) um conjunto de ações que inclui flexibilização trabalhista, com liberação do corte de jornada e salário.
Apesar da critica pela demora de ação do presidente, a avaliação é que as medidas ainda são úteis. Elas chegam no momento em que a fase mais dura do fechamento do comércio ficou para trás, mas ainda servirão para adequar os expedientes dos negócios que continuam operando com horário reduzido.
É o que indica o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, que prevê forte adesão.
“Mas o remédio não salvará como se esperava se tivesse saído dentro do prazo prometido ou pouco maior. Na hora certa, teria evitado a UTI. Agora representa manter o oxigênio, mas não reverte o estado crítico”, afirmou à coluna Painel, da Folha.
Presidente do IDV, entidade que reúne as grandes varejistas do país (como Riachuelo e C&A), Marcelo Silva disse que a expectativa é que a maioria das empresas optem por aderir aos cortes de jornada e salário, exceto as que não tiveram restrição de funcionamento, como farmácias e supermercados.
O IDV foi uma das entidades que vinha avisando o governo que, se a flexibilização trabalhista não fosse liberada, haveria o risco de demissões em massa.